Na era do Dr. Google e do ChatGPT, informação não falta. O que falta (e muito!) é filtro, clareza e contexto.
Hoje fala-se mais do que nunca sobre autismo.
E isso, por um lado, é bom: aumenta a consciência. Por outro… também assusta quem não sabe por onde começar.
Por isso, vamos esclarecer o que realmente importa aqui:
Não.
Também não.
Andar em bicos de pés pode ter várias causas e muitas delas não estão associadas ao autismo. Eis algumas possibilidades:
Exploração normal do corpo e do movimento (é uma fase!)
Tendão de Aquiles encurtado, o que impede que o calcanhar toque no chão
Hipersensibilidade sensorial: a criança sente o chão de forma muito intensa e tenta evitar esse contacto
Controlo motor ainda em desenvolvimento – comum até aos 2 ou 3 anos (também é uma fase!)
Fique atento se:
A criança ainda anda em bicos de pés após os 3 anos, sem sinais de mudança
Não alterna entre bicos de pés e pé completo no chão
Existem outros sinais associados, como dificuldades na comunicação, comportamentos repetitivos ou reações sensoriais intensas.
Nestes casos, o mais importante é não ignorar e não entrar em pânico.
Procure respostas junto de profissionais.
Converse com o pediatra. E, sobretudo, procure avaliação especializada.
Na Identidar.te, a Psicóloga Andreia Baleca realiza avaliações de desenvolvimento que ajudam a compreender se há sinais de atraso ou características de neurodesenvolvimento como o autismo.
Um abraço pediátrico,
Cátia Raminhos