Brincar é fundamental para o desenvolvimento das crianças.
Mas a verdade é que, muitas vezes, não reconhecemos o seu verdadeiro valor.
Brincar não é apenas entretenimento.
É uma necessidade biológica e emocional. É assim que a criança cresce, experimenta, erra, aprende e se transforma.
E não sou eu que o digo — são os estudos que o confirmam.
Imaginam o que seria de uma criança sem brincar?
Quando uma criança brinca, está a construir muito mais do que memórias:
Está a desenvolver linguagem, competências sociais, coordenação motora, atenção… e a resolver problemas reais. Um destes dias o meu filho de 18 meses estava a brincar com uma tartaruga que na sua carapaça tem buracos para enfiar as formas. Quando ele enfia as formas, elas entram para dentro da carapaça que depois se abre num encaixe para poder começar de novo. Então, ele estava a brincar e queria enfiar uma forma quadrada num buraco triângular… é lógico que não conseguiu. Eu deixei-me estar, a observar o que ele estava a fazer.
Ele sabia o objetivo: enfiar a forma dentro da carapaça. Em 5 segundos, percebeu que não conseguia e noutros 5 segundos achou a resolução. Abriu o encaixe da carapaça, meteu a peça lá dentro e fechou o encaixe.
Sim, eu sei que parece simples, mas repare que ele acabou de resolver um problema: o facto de não conseguir enfiar a forma pelo buraco! E este problema exigiu pensamento crítico, lógica, memória, resiliência, planeamento motor, coordenação motora e criatividade. E mais, gerou-lhe confiança porque conseguiu resolver um problema. Tudo isto, numa “simples” brincadeira com uma tartaruga! Pode ver o post que fiz sobre isto nas nossas redes sociais aqui.
Menos criatividade.
Menos autonomia.
Menos estratégias para lidar com a frustração.
E menos alegria.
Menos saúde!
Por isso, da próxima vez que vir uma criança a brincar, lembre-se:
Não é tempo perdido. É construção.
É desenvolvimento puro!
Se quiser saber mais sobre como brincar pode promover o desenvolvimento saudável do seu filho, fale connosco.
Estamos aqui para ajudar: com ciência, coração e simplicidade.
Um abraço pediátrico,
Cátia Raminhos