BLOG PEDIÁTRICO
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O espaço criado para famílias, educadores, professores e outros curiosos sobre temas do desenvolvimento infantil.
Um dos maiores erros dos profissionais de saúde é falarem a sua "própria língua" pelo que aqui estamos comprometidas em entregar conteúdos complexos através de uma leitura fácil.
Dê-nos o seu feedback ou sugira-nos temas que gostaria de ver explicados através de cra@identidarte.pt!
Na era do doutor Google e do ChatGPT é muito fácil encontrar informação. O que não é fácil é filtrar essa informação. Também nunca se falou tanto em autismo como agora e acredito mesmo que isso preocupe famílias, educadoras e as pessoas na generalidade. Este acesso à informação tem coisas boas e coisas más. Mas vamos ao que interessa para este tema: só os autistas é que andam em bicos de pés? Não. Todos os autistas andam em bicos de pés? Também não.
Andar em bicos pode ter uma base exploratória: as crianças gostam de explorar o corpo e o movimento.
Há crianças que têm o tendão de Aquiles curto e, por isso, não conseguem assentar o calcanhar no chão.
Há crianças que sentem as informações do ambiente de uma forma mais intensa, são as chamadas crianças hipersensíveis, e elas podem preferir evitar o contacto total com o chão para não terem “informação a mais” do ambiente.
Há crianças com alterações nos músculos (com diagnósticos como a paralisia cerebral) que têm movimentos limitados.
Há crianças que ainda estão a desenvolver o controlo motor e o equilíbrio e é normal andarem em bicos de pés até aos 2 ou 3 anos.
Agora, ao que é preciso ter atenção:
Este andar persiste para além dos 3 anos sem sinais de diminuir;
A criança não alterna entre andar em bicos de pés e colocar o pé todo no chão
Há outros sinais como dificuldades em comunicar, comportamentos repetitivos e sensibilidade intensa.
Se tiver dúvidas fale com o pediatra e procure ajuda especializada. Na Identidar.te a Psicóloga Andreia Baleca faz avaliações de desenvolvimento, onde se pode investigar se a criança tem alterações no desenvolvimento como, por exemplo, o autismo.
Agende uma reunião online de 30 minutos gratuita para falar sobre as suas dúvidas, aqui.
Um abraço pediátrico,
Cátia Raminhos