Os primeiros três anos de vida são uma fase de crescimento e transformação sem igual.
Para perceber porquê, precisamos de ir ao princípio:
Quando um bebé nasce, o seu cérebro está repleto de neurónios. São cerca de 82 mil milhões. Impressionante, não é?
Os neurónios são as células responsáveis por transmitir e processar informação no corpo. Mas, nesta fase, apesar de serem muitos, ainda não estão ligados entre si.
Ou seja: temos o maior número de neurónios… mas quase nenhum “caminho” criado entre eles.
É por isso que, ao nascer, a criança sabe muito pouco, mas tem um potencial gigantesco.
E é aqui que entra a beleza (e a responsabilidade) do ambiente onde ela cresce.
Essas ligações entre os neurónios (os tais caminhos) formam-se com base nas experiências que a criança vive.
Este processo acontece ao longo de toda a vida, mas é muito mais intenso nos primeiros três anos. A isso chamamos neuroplasticidade.
É também por isso que intervir cedo é tão importante.
Quando há uma área do desenvolvimento que não está a evoluir como o esperado, quanto mais cedo a estimulamos, maior é a probabilidade de criar bons caminhos desde o início.
Agora que já sabe o impacto que o ambiente tem no desenvolvimento do cérebro, aqui ficam sugestões simples e poderosas:
Conecte-se verdadeiramente com a criança
Brinque com intenção e presença
Ofereça experiências sensoriais ricas
Explore livros com ela
Cante, dance, abrace
E, acima de tudo… AME.
Crianças que crescem em ambientes estimulantes e afetuosos tornam-se mais resilientes, com melhores competências sociais e maior sucesso escolar.
Se não sabe ao que brincar, ou quer saber como estimular de forma saudável, escreva-nos.
Estamos aqui para ajudar. Temos o coração na ciência, e os pés na vida real.
Brincar e saúde é connosco.
Um abraço pediátrico,
Cátia Raminhos